terça-feira, 7 de julho de 2015

O problema do humano do padre




“O Verbo se fez carne e Habitou entre nós” (Jo 1, 14). Jesus habita no meio dos homens enquanto homem. Ele é o verdadeiro homem. Na Constituição Pastoral “Gaudium et Spes” no número 22 fala-se que “o mistério do homem só no mistério do Verbo encarnado se esclarece verdadeiramente.”. O Padre é homem. Então aqui vamos falar do mistério do padre com seu problema humano.
    Depois do Concílio Vaticano II (1962-1965) se fez vários estudos sobre a grande desistência ministerial dos padres. Alguns estudos concluíram que estavam havendo uma desintegração do próprio homem. Com isso se elencou alguns princípios que levaram a isso, como a falta de identidade, a solidez espiritual, a relativização do ministério, o ativismo funcionalismo e etc.
    Mas vamos aprofundar um pouco mais a respeito do padre homem, a humanidade do padre com a indagação: qual é o problema do humano do padre? Inicialmente é uma pergunta que deve levar em consideração a humanidade do padre com todo o seu relacionamento. Não qualquer relacionamento, mas aquele de temperamento.
    Através desta virtude o padre pode ser visto em sua totalidade, pois ela parte daquilo que lhe é peculiar: o relacionamento interpessoal. Deste modo, o padre deve ter virtudes humanas capazes de manifestar Maturidade.
    No Brasil, nos anos 70 a Santa Sé visitou todos os Seminários. Com isso se percebeu muitas coisas que desvirtuavam o Ministério. Por isso, em 1990 houve o Sínodos dos Presbíteros, o qual falou muito sobre a formação humana, justamente porque o resultado que colheram das visitas foram ruins.
    Com tudo isso acontecendo foi possível refletir sobre o problema humano do padre que estava ligado ao seu relacionamento temperamental e também falar das “Coisas Humanas do Padre”. Aqui já entra outro fator fundamental que é a identidade como pessoa humana madura. Até porque a unidade psicossomática está também ligada ao todo do humano.
    Vejamos! A pessoa humana do padre... Tem uma solidão existencial. É uma pessoa sozinha; traz consigo a solidão profissional, “o segredo do padre”, este se vence pelo amor, abertura de coração; é pessoa histórica. É sempre o que é todos os dias. Por exemplo, celebrando missas todos os dias, ser católico todos os dias, todos os dias deve renovar o mesmo amor.
    A pessoa humana madura do padre se aceita e aceita as outras pessoas. É preciso aceitar o fato. Muitas pessoas, no entanto, não aceitam que nasceu de uma prostituta ou em uma família pobre. Não aceitam o fato, por isso não amadurecem.
    Falar de maturidade é preciso falar de uma média: amadurecer sempre e em toda a vida. Ter uma liberdade interior. Fazer porque quer. E não por que foi obrigado. A pessoa humana do padre deve ser livre por dentro, de coração. O cardeal Van Thaun, por exemplo, era livre na cadeia.
    Um padre livre tem equilíbrio nas posições de alteridade. Sem condenação de ninguém por ninguém. Tem a capacidade de questionar, mesmo sabendo que não está todo pronto, mas questiona com coerência e tem censo crítico, sem se cobrir de máscaras, está sempre se integrando com sua própria identidade.
    Tirar a máscara é amadurecer no censo crítico e ter responsabilidade. Uma responsabilidade que possa comprometer a própria pessoa do padre levando-a a uma estabilidade de ânimo. É sempre a mesma. Tem uma unidade com todo o seu ser. E, através do seu censo de humor, lava-a ter compaixão no seu relacionamento com as pessoas e cria sua própria identidade madura, a qual enxerga o seu ministério a partir do mistério do Verbo encarnado. Assim, o padre tornar-se prático naquilo que faz sendo capaz de assumir seu problema humano de ser ponte para levar o cristão a Deus.
joacirsoares@hotmail.com




















































































































SOBERANIA: SOBRE O PASSADO E O FUTURO




Diante de tanta aberração que vemos no campo Político Nacional, vem-me uma pergunta: como é constituído o Estado Nacional? Será que é constituído somente de roubos? Na atualidade, o que enxergamos, é uma sociedade mundial constituída por Estados Nacionais. Buscando através da história, vamos perceber que a formação do Estado seguiu os vestígios de uma consciência precipitada e disseminada com recursos de propaganda. Deste modo, para Habermas, os governos não tem mais poder para tomar decisões internas devido à força de outros atores externos que deslocam o espaço público de decisão. Um exemplo ilustrativo para esta perca de decisão interna e externa é o que está acontecendo com Cuba.
As tendências à formação de Estados Nacionais independentes continuaram na Europa Oriental e Meridional, depois do colapso da União Soviética. Assim sendo, o Estado Nacional recalcou heranças pré-modernas que no momento observa-se a profunda transformação da China, a última dos antigos impérios?
Habermas defende a opinião de que podemos nos orientar nesse caminho incerto rumo às sociedades pós-nacionais que estamos a superar. Ele recorda três pontos importantes: as conquistas: os conceitos de “Estado” e “Nação”; os conflitos: entre republicanismo e nacionalismo; e os desafios: a diferenciação multicultural da sociedade e os processos de globalização.
Entendemos estes termos: “Estado” e “Nação”.
Estado refere-se a um poder estatal (único e exclusivo da política) soberano tanto interno quanto externamente. Só é soberano o Estado que pode manter a calma e a ordem no interior e defender efetivamente suas fronteiras externas. A soberania interna é a capacidade de imposição da ordem jurídica estatal e a soberania externa é a capacidade de auto-afirmação em meio à concorrência “anárquica” pelo poder entre os Estados, os quais já existiam muito antes e haver “nações” no sentido moderno.
Nações, territórios, são comunidades de ascendência comum. No entanto, com a transformação da “nação aristocrática” em “nação popular” pressupõe uma mudança da consciência, inspirada pelos intelectuais. A auto-estilização da nação transforma-se no mecanismo de defesa contra tudo o que fosse de outro país.
Destes dois termos, chega-se a nova forma de integração social. Contudo, o mérito do Estado Nacional consistiu de dois problemas: modo de integração e forma de integração social. Assim, os problemas estão relacionados: à urbanização e modernização econômica e a expansão e aceleração da circulação de produtos, bem como pessoas e informações.
O panorama que encontrava o Estado Moderno era a regulação dos seus limites sociais sobre os direitos de integrar o mesmo Estado. Cabe perguntar: o que é “integrar” o Estado? Significa a submissão ao poder estatal. Todavia, o Estado Moderno tem suas marcas constitutivas: a soberania ou poder estatal e a diferenciação do Estado em relação à sociedade.
A Nação prevê forma estatal juridicamente constituída de substrato cultural. No lugar do nacionalismo apresenta-se uma religião civil enraizada na cultural. Com isso, a ideia de nação enreda-se a auto-afirmação na arena dos “poderes” e a liberdade constitui essencialmente na capacidade de afirmar sua própria independência.
O passo seguinte é tensão entre o nacionalismo e republicanismo. Entende-se que as razões da incidência do nacionalismo se deu de natureza conceitual e de natureza empírica. Então, o Estado Nacional precisa livrar-se do potencial ambivalente que em outros tempos teve para ele um efeito propulsor. Na atualidade a capacidade da ação do Estado Nacional chega a seus limites. Vemos um governo que não consegue manter a infração baixa, seus problemas internos estão além dos seus limites. Assim, qualquer reflexão sobre a situação atual do Estado torna evidente a cisão entre seus limitados espaços de ação circunscrito e os imperativos econômicos globais.
Assim, o fomento para o Estado tomar as Rédeas dos seus limites e sua soberania está no desenvolvimento e difusão das novas tecnologias, fomentadoras de produção. Sem produzir, o Estado vai continuar enveredando nas ações sociais das “bolsas”: família, escola... e etc. Nestes beneficiados das “bolsas” o Estado poderia buscar seu fortalecimento interno e mostrar seu poder no exterior. Ele tem amarrado em si os “bolsistas”, porém não está assumindo sua postura estatal, deixando assim, sua identidade global enfraquecer pelos vários acontecimentos de roubos que internamente se insurge.

Pe. Joacir S. d’Abadia

Quando não se sabe para onde ir não tem como se perder pelo caminho




No dia seis de junho de 2015 saímos o Diácono Adenailton e eu, de Alto Paraíso para aventurar pela realidade crítica da Diocese: aventura pelas estradas de terra. Às 18h 10 min partimos rumo a “não sei onde”. Passamos pelo Sertão onde apresentei ao Diácono a Capela de Nossa Senhora Aparecida, isso às 19h 05 min. Passamos na casa de Dona Andrelina, mas fomos informados que a mesma tinha ido para Brasília fazer tratamento, assim descemos um pouco mais e visitamos sua filha a Dona Lita e seu "esposo" Gersi (eles moram juntos a mais de 40 anos. Já falei sobre o casamento, mas dizem estar velhos) com duas filhas Andreni que é professora concursada (no ínterim ele devolveu seu Dízimo referente a Maio e Junho) e Eliane Moura, a qual morava em Goiânia e trabalhava, porém teve que voltar para a fazenda e buscar trabalho por lá.
Partimos às 19h 30min para “não sei onde”.
De repente, chegamos em uma Comunidade chamada Cor Mari, conhecida pelas romarias que se tem todos os anos. Passando pela Avenida principal, encontramos uma jovem que estava saindo da escola, a qual nos indicou caminho dizendo que logo à frente havia um cruzamento com uma placa indicando as Cidades de Nova Roma e Iaciara. Andamos mais ou menos uns 8KM até a indicação.
Preferimos ir para Iaciara.
Mesmo sem saber andar pela cidade, fomos nos informando até chegarmos em um posto de gasolina. Abastecemos e fizemos amizade com os frentistas. Lavaram o para brisa do nosso carro e doamos R$4 reais de gorjeta. Decidimos comer um pastel e seguir viagem para Guarani.
Optamos seguir em total aventura. Não conhecíamos a estrada. Por isso, fomos nos informando a cada ponto. Estava sendo um verdadeiro fascínio aquela viagem! Realmente maravilhosa. Uma adrenalina total!
Mas antes de partirmos definitivamente para Guarani de Goiás eu falei ao Diácono que deveríamos comunicar ao Administrador Pe. Carlos Magno que estávamos indo pernoitar em sua casa. Nem imagina a maior! Liguei para o Padre que não se encontrava na cidade, ele estava em Formosa.
Mas eu conheço muitas pessoas naquela cidade que já fiz Pastoral de Férias, assim ligamos para Glaucia, Secretária de Educação, quem foi pegar a chave da casa do Padre com a funcionária dele e esperar por nós.
Como nos passaram o rumo da cidade de Guarani, seguimos nossa aventura.
Realmente era nossa viagem de aventura. Andamos uns 30 min e chegamos num asfalto. Não tinha nenhuma placa de indicação. Assim pensamos vamos seguir pela esquerda porque parece que seguindo à direita seria voltando. Mas, sabe de uma coisa? Seguindo pelo asfalto ao invés de chegarmos a Cidade de Guarani nós avistamos uma placa que dizia Posse a 15KM. Com isso, tivemos que ligar para Glaucia e dizer que estávamos chegando a Posse. Fique sabendo que: “Quando não se sabe para onde ir não tem como se perder pelo caminho”.
Finalmente, ao chegar à Cidade “não sei onde” eu liguei para Rosicler (Rose) uma Professora que conheço, mas ela estava vinda de Goiânia e chegaria somente umas 3h da madrugada. Então, às 23h45min fomos acolhidos na casa Paroquial da Paróquia de Sant'Ana pelo nosso Vigário Geral o monsenhor Epitácio. Depois de conversarmos um pouco fomos descansar, porque viajar sem saber para onde ir cansa. Ou seja, o destino “não sei onde” é a Cidade de Posse-GO. Assim, viaje, nesta vida incerta, mesmo sem saber aonde chegar, porém, não se esqueça, na Vida Definitiva, vamos chegar à Vida Eterna.


Pe. Joacir Soares d'Abadia, autor de vários livros e Pároco em Alto Paraíso-GO

sábado, 23 de agosto de 2014

DE CARONA COM AS MÍDIAS




Sentado em minha cama sem ter quase nada para fazer, decidi pegar carona com as mídias que eu uso para ir nalgum lugar. Entes, porém, tive que ir para a beira da estrada de minhas publicações e não ter receio de estender a mão para todas as postagens que eu tinha realizado ou que tinha recebido.
Nesta carona, em certos momentos, parecia que os carros midiáticos das postagens passavam desgovernados. Tinham de todo tipo. Um por um era diferente, mas olhando todos juntos era uma única chusma.
Cadê a reflexão nestas mídias? Tudo para mim não passa de um “copiar e colar”. As mensagens chagam prontas e vão prontas.
Permaneço na beira da estrada das mídias. De vez em quando alguns ainda arriscam dizer alguma coisa sensata quando não se limitam a um sorriso de figurinha. No, entanto, se percebe muita gente “Online” em quase todas as mídias! Fazendo o quê? Pensando: “quem eu sou”, “de onde eu venho” e “pra onde eu vou”? Estão às margens daquilo que usam.
À beira de um “estar ocupado com mídias que não me faz pensar”, encontrei um comentário, o qual merece destaque porque são tão rasos quanto à profundidade intelectual que se possa tirar de todas estas mídias. O texto dizia: “As lágrimas são sua maneira de expressar seu amor, sua alegria, sua sorte, suas penas, seu desengano, sua solidão, seu sofrimento e seu orgulho”. O comentário: “é assim que estou hoje”. Noutras vezes encontrei: “sempre é bom te encontrar um pouquinho todos os dias”, pois “você perfuma a minha vida com sua presença diária”.
Com temas variados as postagens chegavam a mim ou eu fazia-as chegarem a alguém. Eu estendi a mão, pedi ajuda. Decidi que eu mesmo iria estender a mão senão para receber ao menos para dar. Logo, dentei dar carona sendo que ainda eu não tinha conseguido a minha própria: “Deus cria algumas pessoas com tanta perfeição que a meu ver todo e qualquer padecimento se torna uma Injustiça. Que suas Lágrimas de sonhos reguem os corações injustiçados”.
Em síntese, ainda não consegui ninguém que quisesse pegar carona com as mídias e fizesse delas uma fonte de inspiração acadêmica. Continuo aqui, sentado em minha cama, recebendo sorriso de figurinhas e colagens de textos prontos. Pelo menos pergunto – sem nenhum conforto intelectual: “estou dando carona ou pegando carona com as mídias”?
Pe. Joacir d’Abadia, pároco em Alto Paraíso-Go, autor de 7 livros
Coodenador da Pastoral da Educação da Diocese de Formosa
joacirsoares@hotmail.com / Facebook: Joacir S. d’Abadia
Whatsapp (61) 99315433

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Lançamento do 6° Livro do Pe. Joacir d'Abadia

O Livro "Taffom Érdna: romance com a Sabedoria" tem uma particularidade, pois nele se encontra uma reflexão atualizada dos vários problemas que a educação enfrenta. E, assim, trata das virtudes como sendo a falta delas um carro de guerra sem combustível: sómente causa medmo.
O Pe. Alexandre Paciolli no prefácio escreve que "Esse livro nos levará a perguntar-nos sobre nossas expectativas e a querer vencer possíveis medos para assumir nosso papel: opto por um caminho de sabedoria. É um caminho real. Nele se forjam os verdadeiros imperadores que sabem servir e construir, não serem servidos e destruir." O lançamento será dia 08 de março de 2013 no Seminário Menor de Formosa, às 20h. Os Direitos autorais serão doados ao Seminária para ajudar na formação dos novos padres. Venha Participar!!

Você poderá conferir: http://loja.tray.com.br/taffom-erdna--joacir-soares-dabadia-pr-4314-103175.htm

Boa Leitura!
Capa do 7° livro do Pe. Joacir d'Abadia


 O ABORTO fere a Dignidade do Nascitururo

NESTE LIVRO eu falo de algo de afronta cada ser humano indefeso: aqui falo do Aborto. Deste modo, "A Filosofia ao cair da Folha" faz uma relação entre VIDA e Morte. 
Todo ser humano tem, com efeito, o direito de se desenvolver. Ele se desenvolve porque existe. Assim, porque existe? Porque foi criado, daqui se chega à existência das coisas. Essas se desenvolvem porque existem. Porém, aqui se busca a compreensão do nascimento através do desenvolvimento.
Cada dia que passa o homem chega mais perto do seu fim. Assim, nascer, desenvolver e morrer não cabe a ninguém decidir, pois o aborto é matar e não morte. Segue sempre este princípio: “nem tudo que é legal é moral”. No entanto, muitas folhas caem.
Deus lhes Abençoe! Pe. Joacir S. d’Abadia

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Chapada Filosófica

Bem vindo ao Chapada Filosófica ,


Eu sou Joacir Soares d'Abadia .Sou Padre e Pároco de Alto Paraíso de Goiás. Nasci em março de 1984, em Formosa-Go. Estudei FILOSOFIA e teologia no SMAB. Sou Pós-graduado em Filosofia pela FACIBA, fui 3 vezes finalista de Concurso Internacional de Filosofia; e sou autor dos livros: "Opúsculo do conhecer" (Cidadela), "A caridade e o problema da pobreza na periferia" (Agbook), "A Igreja do ressuscitado" (Virtual Books), "Contos de barriga cheia" (Cidadela) e "O eu autor" (B24horas); escrevo para os jornais: "Alô Vicentinos", "Carta de notícias" (Posse-GO) e fundador do jornal "Ecos da chapada" (Alto Paraíso-GO).